sábado, 29 de outubro de 2011

Happiness



Felicidade é questão de ponto de vista.  Seu tédio pode ser sorriso do Zé. O riso do Zé pode ser a tristeza do João. Se é que me entendem. Felicidade tem vários nomes. Alguns chamam de carro, outros de amor, ainda outros rotulam de felicidade prazeres instantâneos. Há aqueles que insistem em dizer que esta mesmo não existe, é apenas um faz de conta da nossa imaginação sedenta de alguma esperança de salvação desse mundo estragado. Bem aventurados os que com nada e com tudo fazem felicidade. Bem aventurados os que a acham e conseguem mantê-la viva dentro de si, mesmo quando a amargura, a decepção, e a fragilidade tentam corrompe-la. E você, o que acha? Felicidade: substantivo ou sentimento? 


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MEDO DE SE APAIXONAR



Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabrício Carpinejar  

terça-feira, 18 de outubro de 2011



E o seu silêncio me perturba. Será amor ou falta dele? Será medo ou desprezo? Personalidade ou sou eu o problema?  Diga-me, ou o sopro da falta de suas palavras me levará embora. E eu não vou voltar.



segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Olha,eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.Remar.Re-amar.Amar.

                                                                                       Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 14 de outubro de 2011




Feche seus olhos, me dê sua mão, querido.
Você sente meu coração pulsando?
Você compreende?
Você sente o mesmo?
Estou apenas sonhando?
Isto que está ardendo é uma chama eterna?
...

Diga meu nome, o sol brilha em meio à chuva...
Uma vida toda tão sozinha,
E então você chega e alivia a dor.
Eu não quero perder este sentimento.


Eternal Flame

The Bangles



   

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


“Mas não te procuro mais, nem corro atrás.

Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta…

Tens meu número, na verdade, meu coração,

então se sentir vontade de falar comigo

ou me ver, me procura você.”

(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



Os sonhos inspiram a emoção, libertam a imaginação, irrigam a inteligência. Quem sonha  reescreve seus textos e reinventa sua história. Vocês se reinventam?


                                                              - O vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos
                                                                                       - Augusto Cury

domingo, 9 de outubro de 2011



Mais uma semana recomeçando. Lua brilhando. Sol acordando. Levanto. Passos leve. Na janela o vento me lembra de você. Vento este que sussurra em meus ouvidos saudades tua. Semana cumprida. Obstáculos. Alegrias. Amigos. Chuva. E um pouco de silêncio. Ah como eu te lembro! Nos finais de dia escuto minhas velhas músicas. Algumas tuas. Agora minhas. Telefone perto. Vontade insana. Ah como quero te ligar. Digito os números que vagam minha mente noite e dia. Não ligo. Acaba a semana. E uma nova esperança. Porque amor verdadeiro agente espera. É como a espera da luz do Sol, agente sabe que no outro dia ele vai brilhar só não se sabe se as nuvens irão atrapalhar... E se amanha nublar, Oh Deus como eu vou esperar o céu se abrir para ver meu amor sorrir.


sábado, 8 de outubro de 2011




''Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço"

Caio Fernando de Abreu



 ''Que  te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural - se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito."

Caio. A

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desabafo...


Imperfeita. Torta. Errada. Tento. Mas eu nunca vou conseguir. Triste. Anjo de asas quebradas. Como se estivesse deitada na sacada da janela do último andar, quase caindo. Caindo de amor. Porque eu sei que nossas vidas nunca vão se juntar. Ar gelado soprando a cara, refrescado com as lágrimas cansadas. Eu quero você. Não posso ter. Escolheria nascer de novo e toda perfeita para você. ‘’Tu mereces algo inexplicável ‘’. Algo bem melhor do que eu. Mas Deus o que é que eu faço com esse amor? Aonde vou colocar? Aonde vou jogar? Da onde isso nasceu?  Espero que pelo menos em outra vida tu sejas meu.


terça-feira, 4 de outubro de 2011


Amor. De manhã. De tarde. Esta noite. Sempre amor. Raios do Sol iluminam seus olhos de diamantes. Seu sorriso faz chover em meus olhos. Seu cheiro entorpece minha mente desvairada. Enlouqueci de Amor. Meu vicio. Você. Minha alegria. Você. Você é o cheiro das flores da minha Primavera. Eu o amo. Você, sujeito essencial da minha oração.



domingo, 2 de outubro de 2011




 




Ontem o vento disse “vai”. Hoje ele diz “viu”.
O vento sempre acerta.

Nanoconto de Alex Sandro Maggioni Spindler


Para o amor, um banco de praça já basta. Ou ficar na frente do portão. Ou uma xícara de café. Amor mesmo é um filme de baixo orçamento.
(Desconheço autoria)